terça-feira, 29 de março de 2016

GABARITO COMENTADO: Corpo de Bombeiros (27-03) - Praças Combatentes e Especialistas


banca: fundep / aplicação: 27-03-2016 / prova: Praças Combatentes Tipo A

PROVA:
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir e, com base nele, responda às questões de 1 a 3.
TEXTO 1
Bebida na adolescência

Pesquisas recentes constatam que o álcool é a droga mais usada por adolescentes. O pior é que o consumo vem aumentando, principalmente entre os mais novos e as meninas: quase metade dos jovens de 12 a 17 anos já usou bebida alcoólica. Nos anos 1980, o consumo iniciava-se entre os 16 e 17 anos. Atualmente, ocorre entre os 12, 14 anos, e o uso frequente tem crescido. Por que os jovens têm bebido cada vez mais e mais cedo? Vamos levantar hipóteses e refletir a respeito a fim de nos responsabilizarmos pela questão.

Em primeiro lugar, a presença de bebidas alcoólicas na vida cotidiana dos jovens é vista por eles como corriqueira e inofensiva. Muitos acham que o problema surge apenas com a ingestão em demasia, quando se tornam inconvenientes ou se aproximam do que eles chamam de “PT” (perda total) – perda dos sentidos ou coma.

Contribuem muito para essa percepção os belos comerciais de bebidas. Mais do que um produto, vendem um estilo de vida almejado pelos jovens: beleza, alegria, popularidade, azaração etc. Aliado a esse poderoso instrumento, surge outro muito eficaz: o aval dos pais.

Muitos adultos acreditam que oferecer bebida aos filhos em casa é uma atitude aconselhável e dão festas para os menores nas quais permitem que haja bebida, por exemplo.

Aliás, para muitos jovens, faz parte das festas o ritual do “esquenta”: antes do evento, reúnem-se em pequenos grupos para beber na casa de um deles – sei de casos, inclusive, em que os pais que recebem os amigos do filho participam do momento festivo introdutório – ou em locais públicos, com bebidas trazidas de casa ou compradas em supermercados.

Aí está outro fator que leva os jovens a crerem que a ingestão de bebida alcoólica é inofensiva: apesar de sua venda ser proibida a menores de 18 anos, a lei não é respeitada. Muitos estabelecimentos comerciais – notadamente supermercados – as vendem sem pedir documentos aos jovens e muitos adultos aceitam o pedido deles para passar a bebida em sua compra. Eu já fui abordada em um supermercado por três adolescentes que pediram que eu colocasse duas garrafas de vodca em minha esteira. Diante da recusa, pediram para outra pessoa e foram atendidos.

Os jovens bebem, entre outros motivos, porque o álcool provoca euforia, desinibição e destrava os mais tímidos. Mas, depois, afeta a coordenação motora, os reflexos e o sono, além de interferir na percepção do que o jovem considera certo e errado. Já conversei com garotas que tiveram a primeira experiência sexual sob efeito do álcool e se arrependeram.

Os mesmos pais que ensinam o filho a beber não o ensinam sobre os cuidados que podem reduzir seus efeitos, como alimentar-se bem antes, não misturar diferentes tipos de bebida e ingerir muita água. Os menores de 18 anos sempre encontrarão maneiras de transgredir as proibições para o uso de bebida alcoólica. Entretanto, temos ajudado para que isso não seja visto por eles como transgressão. E, talvez, esse seja nosso maior equívoco.

SAYÃO, Rosely. Bebida na adolescência. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2602200914. htm>. Acesso em: 12 fev.2016. (Fragmento).

QUESTÃO 1 - De acordo com o texto, o jovem ingere bebida alcóolica com a finalidade de
A) avaliar sua coordenação motora. 
B) curtir novas experiências sexuais. – o sexo foi usado como contra argumento.
C) distinguir o certo do errado. – ocorre o contrário
D) ficar desinibido e sentir alegria.
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Análise da Questão 1
GABARITO: LETRA "D"

A resposta correta pode ser encontrada no 7º parágrafo do texto, logo após a conjunção PORQUE.
A unica alternativa possível, haja isso em vista, é a alternativa "D".

A letra A está errada, porque o jovem não bebe para avaliar sua coordenação motora. A coordenação motora é citada pela autora para dizer que ela - a coordenação motora - é afetada pelo uso de bebida depois de esta ter provocado alegria e desinibição.

A letra B está errada, pois a questão do sexo foi utilizada não como motivo, mas contra-argumento. Sayão afirma que já conversou com garotas que se arrependeram da experiência sexual pelo fato de estarem sob efeito do álcool.

A letra C está errada. A autora afirma o contrário. O Álcool dificulta a distinção entre o que é certo e o que é errado.
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QUESTÃO 2 - De acordo com o texto, são causas que conduzem os jovens a considerarem a presença de álcool em suas vidas como algo trivial e inócuo:
     I. a crença de que é aconselhável permitir a ingestão de álcool apenas em festas.
     II. o apoio dos pais que oferecem bebida alcóolica aos filhos dentro de suas casas.
     III. o respeito à lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. 
     IV.    os anúncios de bebidas alcoólicas associadas a gostos e desejos da juventude.
Estão corretas as afirmativas
A) I e III, apenas.
B) I e IV, apenas.
C) II e III, apenas.
D) II e IV, apenas.

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Análise Questão 2
GABARITO: D

As causas que conduzem os jovens a considerarem a presença de álcool em suas vidas como algo trivial e inócuo estão marcadas de azul no texto. Observando isso, temos que:

o Item I está errado, pois a autora não afirma a existência dessa crença.
o Item II está correto. Marcado em azul no terceiro parágrafo.
o Item III está errado. Não se trata do respeito, mas do desrespeito.
o Item IV está correto. Marcado em azul no terceiro parágrafo.

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QUESTÃO 3 - Leia este fragmento do texto:

Os menores de 18 anos sempre encontrarão maneiras de transgredir as proibições para o uso de bebida alcoólica. Entretanto, temos ajudado para que isso não seja visto por eles como transgressão. E, talvez, esse seja nosso maior equívoco.

Em relação à construção desse trecho, assinale a alternativa CORRETA.
A) “Sempre” remete à ideia de que todos os dias os jovens estão dispostos a consumir bebidas alcoólicas.
B) O termo “isso” no segundo período do fragmento remete ao “uso de bebida alcóolica”.
C) “Entretanto” é um conector que introduz um segmento orientado em oposição ao anterior.
D) “Esse” é um pronome que se refere ao fato de o consumo de álcool não ser uma contravenção.

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Análise Questão 3
GABARITO: LETRA "C"

A letra "a" está errada, pois "sempre" remete à ideia de "frequentemente".
A letra "b" está errada, pois o "isso" retoma a ideia toda, não apenas uma parte - como é afirmado na alternativa.
A letra "d" está errada pelo mesmo motivo da letra "b". O que é retomado é a ideia de que estamos ajudando para isso não seja visto por eles como transgressão.
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INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão 4.


QUESTÃO 4 - O texto 2 tem relação direta com um fato a que o texto 1 – Bebida na adolescência – faz menção.
Assinale a alternativa em que o trecho do texto 1 estabelece essa relação com o texto 2.
A) “Pesquisas recentes constatam que o álcool é a droga mais usada por adolescentes.”
B) “Nos anos 1980, o consumo iniciava-se entre os 16 e 17 anos. Atualmente, ocorre entre os 12, 14
anos, e o uso frequente tem crescido.”
C) “Muitos estabelecimentos comerciais - notadamente supermercados – as vendem (bebidas) sem pedir documentos aos jovens.”
D) “Os mesmos pais que ensinam o filho a beber não o ensinam sobre os cuidados que podem reduzir
seus efeitos [...]”
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Análise Questão 4
GABARITO: LETRA "C"

Deve-se realizar aqui uma relação mais aproximada entre a ideia de "álcool para menor não é legal" e algumas das alternativas.

A letra A está errada. Há uma pequena relação entre a frase da alternativa e a frase da imagem. Porém, não é a melhor resposta.
A letra B está errada. Não há muita relação entre a comparação de bebidas entre os jovens da década de 1980 com a frase da imagem.
A letra C é o gabarito. O fato de estabelecimentos comerciais oferecerem bebidas a menores de idade (o que é ilegal) está extremamente relacionado com a frase da imagem - tanto é que esta pede a denúncia desse fato.
A letra D, assim como a letra A, possui uma relação entre as frases. Porém, a alternativa mais apropriada e com vínculo mais forte entre as frases do TEXTO I e do TEXTO II é a alternativa C.
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QUESTÃO 5 - Complete as lacunas com o emprego adequado de porque, por que, porquê e / ou por quê.
I. Aquele político foi eleito _________ é honesto? (causal – porque)
II. Creio que choveu, _________ o chão está molhado. (explicativa – porque)
III. Ignoro o _________ da compra, mas valeu a pena. (substantivo – porquê)
IV. _________os jogadores de futebol são tão espertos? (por que – pergunta direta)
V. O sobrevivente sofreu sem saber _________. (o motivo – por quê)
A sequência correta é
A) por que; porquê; porque; por quê; por que.
B) por que; porque; porquê; porque; por que.
C) porque; porquê; por que; por que; por quê.
D) porque; porque; porquê; por que; por quê.

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Análise da Questão 5
GABARITO: LETRA "D"

Trata-se de uma questão sobre os usos do PORQUE.

o Item I deve ser completado com "porque" junto e sem acento. Trata-se de uma conjunção subordinativa causal. Pergunta-se se a causa pela qual o político foi eleito é o fato de ele ser honesto.

O Item II deve ser completado com "porque" junto e sem acento. Trata-se de uma conjunção coordenada explicativa. São duas orações independentes, sendo que a segunda traz a explicação da primeira.

O item III deve ser completado com "porquê" junto e com acento. Trata-se de um caso de substantivação. O porquê pode ser substituído por "o motivo". Além disso, esse tipo de porque é sempre precedido por artigo.

O Item IV deve ser completado com "por que" separado e sem acento. Trata-se de uma pergunta direta no início da oração.

O Item V deve ser completado com "por quê" separado e com acento.Trata-se de uma pergunta indireta ao final da oração.
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QUESTÃO 6 - Os termos “nenhum (pronome indefinido)” e “nem um (advérbio de exclusão + numeral)” têm significados próximos e pronúncia idêntica. Considerando o emprego desses termos, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, é INCORRETO afirmar que:
A) “Nem um” é a combinação da conjunção “nem” com o numeral “um” (essa expressão se aplica a substantivos contáveis).
B) “Nenhum” é pronome indefinido que se opõe a “algum” (assim como “ninguém” se opõe a “alguém” e “nada” se opõe a “algo”).
C) As orações “Não tenho nenhuma moeda” e “Não tenho nem uma moeda” são igualmente possíveis e aceitáveis.
D) Na oração: “Não tenho nem um dinheiro na carteira”, empregou-se “nem um” porque “dinheiro” é um substantivo contável.
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Análise Questão 6
GABARITO: LETRA "D"

Trata-se de uma questão complexa e com pegadinhas. Vamos a ela. Primeiramente, é preciso esclarecer que o termo "nenhum" é pronome indefinido e tem significado parecido com nulo. Já em "nem um" temos um advérbio e um numeral, respectivamente. Vamos às questões:

A letra A está errada pelo fato de classificar o "nem" como uma conjunção.
A letra B está errada, pois "nada" não se opõe a "algo".
A letra C está errada, pois, apesar de as duas construções serem possíveis e aceitáveis, elas não são "iguais", conforme afirma a assertiva.
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QUESTÃO 7 - Os enunciados das alternativas a seguir foram extraídos de matérias jornalísticas.
Assinale a alternativa em que o uso das vírgulas é INCORRETO.
A) Desde o início do ano, os investidores externos sumiram, e o rial (moeda iraniana) perdeu 80% do seu valor.(CORRETO: e com sujeitos diferentes)
B) O jornal publicará, hoje, a carta de protesto, e a repórter incompetente que escreveu a reportagem com erros dará a última palavra. (CORRETO)
C) O ministro Joaquim Barbosa tende a condenar os acusados, e o ministro Ricardo Lewandowski, a absolvê-los. (CORRETO: supressão do verbo)
D) Tenho rendimento tributável exclusivamente na fonte, e declaro renda do meu trabalho assalariado afirma, ministro. (ERRADO: e com sujeito igual)
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Análise Questão 7
GABARITO: LETRA "D"

Trata-se de uma questão sobre pontuação. Deve-se tomar cuidado, porque está perguntando-se a alternativa errada.

A letra A está correta. A vírgula foi usada para separar adjunto adverbial antecipado e utilizada também antes "e" com sujeitos diferentes.
A letra B está correta. Isolou-se o adjunto adverbial e antes do "e" com sujeitos diferentes.
A letra C está correta. Mesmo caso de sujeitos diferentes e a segunda foi utilizada por causa da supressão do vocábulo "tende".
A letra D está errada. Diferentemente das outras vírgulas antes do "e", nesta a vírgula é utilizada erroneamente pelo fato de os sujeitos serem os mesmos (sujeito oculto - eu).
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QUESTÃO 8 - Leia este texto.
O conto do vicário
O verbo vicário é também chamado de pronominal, porque substitui o verbo que vem antes
Por José Augusto Carvalho

A palavra “vicário” veio do latim vicariu por via erudita (a forma “vigário” veio por via popular). Vicariu, em
latim, significa “substituto”. [...] O verbo vicário é também chamado de pronominal, porque substitui o verbo
que vem antes. Os verbos “fazer” e “ser” são os dois verbos vicários do português. [...]
Disponível em: <http://revistalingua.com.br/textos/105/o-conto-do-vicario-314962-1.asp>. Acesso em 11 fev. 2016. [Fragmento]

Com base nessa informação, leia as frases a seguir e identifique aquelas em que o verbo destacado é vicário.
I. Os índios pescam, mas fazem-no com arco e flecha.
II. Eles sabiam a resposta, mas era só com o livro aberto.
III. A moça cantava, mas fazia-o com tristeza no coração.
IV. João Pedro vai casar, mas é na polícia!
Há verbos vicários em:
A) I e II, apenas.
B) III e IV, apenas.
C) I, II e III, apenas.
D) I, II, III e IV.
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Análise Questão 8
GABARITO: LETRA "D"

Analisando as assertivas, temos que:

No Item I, "fazem-no" retoma a ação de pescar. Por isso, ele é vicário.
Na Item II, "era" retoma "saber". Por isso, ele é vicário.
Na Item III, "fazia-o" retoma a ação de cantar. Por isso, ele é vicário.
Na Item IV, "é" retoma a locução "vai casar". Por isso, ele é vicário.

Pelo fato de todos serem verbos vicários, a alternativa correta é a letra "d".
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QUESTÃO 9 - Na linguagem coloquial, informal, presente em diversas modalidades do uso da língua, exceto na norma padrão do português, registra-se o emprego dos verbos “ver” e “vir” (e de seus derivados) da seguinte maneira:
A) INTERVIERAM ao invés de INTERVIRAM em “Os governos intervieram no mercado”. (culta)
B) PROVERAM ao invés de PROVIRAM em “Os pais proveram as necessidades dos filhos”. (culta)
C) SOBREVIR ao invés de SOBREVER em “O jornal anunciou que a seca deixou de sobrevir no país”.
D) VER ao invés de VIR no início de frases como “Se ela me ver...” ou “Quando ela me ver...”.(coloquial)
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Análise Questão 9
GABARITO: LETRA "D"

Questão relacionada à conjugação verbal, mais precisamente na conjugação dos verbos "ver" e "vir". Esses verbos aparecem frequentemente nas provas, pois causam muitas dúvidas.

É importante a leitura correta do enunciado, pois a questão pede que o candidato encontre o "coloquial", ou seja, aquilo que contraria a norma culta. A única assertiva que não obedece às regras gramaticais é a letra "d", que é o gabarito. Ela afirma que:

Na linguagem coloquial utilizamos "VER" (forma incorreta) no lugar de "VIR" (forma correta) no inícios de frases no subjuntivo. Em todas as outras alternativas, tem-se o certo sendo considerado errado e o errado como sendo certo.

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QUESTÃO 10 - No português, alguns verbos apresentam dois tipos de particípios, um longo (entregado, pagado, pegado, acendido, imprimido) e outro breve (entregue, pago, pego, aceso, impresso).
Em face disso, os gramáticos recomendam que se usem as formas
I. longas (ou expandidas) com o verbo “ter” (“O carteiro tinha entregado a carta”). - ok
II. breves (ou reduzidas) com “ser” e “estar” (“A carta foi/está entregue”). - ok
III. breves (ou reduzidas) com “ter” e “haver” (“Eu tinha/havia pago a conta”). - errada
IV. longas (ou expandidas) com o verbo haver (“A paciente havia pegado o remédio”). – ok)
Estão CORRETAS as afirmativas
A) I e II, apenas.
B) III e IV, apenas.
C) I, II e IV, apenas.
D II, III e IV, apenas.
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Análise Questão 10
GABARITO: LETRA "C"

Questão sobre o uso do particípio regular e irregular. Basta saber que os verbos "TER" e "HAVER" pedem o particípio regular (ado/ido), enquanto os verbos "SER" e "ESTAR" pedem o particípio irregular (o/so/to/do [....]). Haja vista isso, temos que:

O Item I está certo. O verbo "Ter" pede forma "longa", ou seja, entregado.
O Item II está certo.O verbo "ser" e "estar" pedem a forma breve, ou seja, entregue.
O Item III está errado, pois "ter" e "haver" podem a forma "longa", ou seja, pagado.
O Item IV está certo. O verbo "haver" pode a forma longa, ou seja, pagado.

Ps.: Atualmente a questão do uso do particípio regular e irregular é bastante discutida. Alguns autores até consideram que se pode utilizar pago mesmo com "ter" e "haver". Porém, com base na norma culta, o ideal ainda é o que foi explicado anteriormente.

quarta-feira, 16 de março de 2016

PROVA CFO BOMBEIROS 2017: GABARITO COMENTADO

INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.

Genes no banco dos réus

O que você faria se pudesse decidir sobre a cor dos olhos de seu filho, seu tipo físico ou até mesmo sua aptidão para determinada profissão? Escolhas ainda inviáveis tecnicamente, MAS que já suscitam profundas reflexões éticas, fazem parte dos tópicos levantados pela geneticista Mayana Zatz em seu livro GenÉtica: escolhas que nossos avós não faziam, lançado [...] pela Editora Globo.

Coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, na Universidade de São Paulo (CEGH/USP), Zatz foi uma das pioneiras no uso de técnicas de biologia molecular para o estudo de genes humanos no Brasil. A geneticista também esteve à frente do debate no Supremo Tribunal Federal em defesa do uso de embriões humanos em pesquisas com células-tronco.

POR MEIO DE uma escrita apaixonada, a pesquisadora elege temas atuais relacionados à biotecnologia e expõe conflituosos casos que vivenciou ao longo de sua trajetória. De linguagem acessível e envolvente, o livro é permeado por referências a filmes, livros de divulgação científica, notícias de grande destaque e artigos científicos.

Ao oferecer à população serviços de detecção de doenças com base genética no CEGH, a pesquisadora se defronta diariamente com dilemas que não têm uma resposta simples e correta. Os testes genéticos podem, por exemplo, revelar não apenas que o paciente é portador de doença grave, mas também que o seu suposto pai não é seu progenitor.

O médico, então, se vê diante de uma encruzilhada: contar ou não contar sobre a falsa paternidade ao paciente, UMA VEZ QUE esse resultado não lhe foi solicitado? Como não há um respaldo legal para esse tipo de situação, a decisão fica a cargo da equipe médica.

No livro, Zatz critica essa falta de mecanismos legais para proteger os pacientes envolvidos em testes genéticos no Brasil. “A informação genética faz parte de nossa individualidade e deve ser tratada como qualquer outro tipo de informação pessoal”, defende. Um dos riscos de esses dados se tornarem públicos está na possibilidade de eles serem usados indevidamente por companhias de seguro de saúde e de vida.

Informar, apoiar e ajudar a interpretar os testes genéticos junto ao paciente é tarefa de uma equipe interdisciplinar, que deve contar com geneticistas, psicólogos e médicos, e faz parte do chamado aconselhamento genético. APESAR DO nome, “o geneticista não aconselha, ele deve apenas cuidar para que as possibilidades de escolha de seus pacientes sejam informadas e esclarecidas”.

A geneticista recorda no livro a história noticiada em maio de 2011 de um casal que teve trigêmeas após tratamento de fertilização in vitro e quis, após o nascimento, ficar apenas com duas filhas. “Dois é suficiente, três é demais?”, questiona a pesquisadora.

O caso também serve de alerta para a questão da gravidez múltipla, comum na reprodução assistida devido à implantação de muitos pré-embriões no útero da mulher. Essa condição aumenta o risco de nascimentos prematuros e de recém-nascidos com problemas intelectuais e de saúde em geral.

Zatz relata ainda que, nos próximos anos, será possível sequenciar genomas individuais por apenas mil dólares. Se à primeira vista a notícia soa como um avanço, a pesquisadora alerta para o excesso de confiança depositado no material genético como única forma de determinar as características futuras do indivíduo.

O livro deixa mais perguntas que respostas e nos faz refletir sobre a importância da discussão mais ampla sobre decisões que já vêm sendo tomadas no dia a dia, MAS QUE ainda se encontram no limbo da legislação.

Nesse sentido, um último alerta da pesquisadora: “Enquanto as questões éticas são pensadas e discutidas depois de anunciadas as novas descobertas, o comércio anda sempre na frente”. Nem sempre a favor dos mais afetados.

REZNIK, Gabriela. Genes no banco dos réus. Ciência Hoje. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/resenhas/2011/11/genes-nobanco-dos-reus>. [Fragmento] Acesso em: 2 fev. 2016. (Adaptação)

QUESTÃO 1 - A geneticista Mayana Zatz
I. abre debate envolvendo escolhas baseadas em informações genéticas e técnicas viabilizadas pela biotecnologia.
II. alerta para o grande risco de nascimentos prematuros e outros problemas de saúde decorrentes da gravidez múltipla.
III. explicita a legislação destinada a proteger pacientes no Brasil e a tratar de questões éticas no campo da genética.
IV. expõe que nem no futuro será possível sequenciar genomas individuais, por isso diz que é preciso ter muita cautela.
Estão corretas as afirmativas
A) I e II, apenas.
B) III e IV, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e IV, apenas.

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COMENTÁRIO:
Questão de nível intermediário. É possível eliminar logo de cara o item IV, pois afirma uma ideia completamente contrária da que está sendo vinculado no texto [marcado em AMERELO no texto]. 

Ao eliminar o item IV, apenas as alternativas A e C podem ser o gabarito correto. Perceba que, neste momento, o item I pode ser dado como correto, haja vista que aprece nas duas alternativas restantes.

O item III está errado. Trata-se de uma pegadinha. Apesar de o texto abordar as questões éticas no campo da genética, em nenhum momento ele explicita a legislação destinada a proteger pacientes no Brasil, apenas afirma que essa lei deveria ser revista. [marcado em VERDE no texto].

O item II está correto. Mesmo não sendo o tema principal, a geneticista cita o risco de nascimentos prematuros e outros problemas de saúdes decorrentes da gravidez múltipla. [marcado de rosa no texto]

Gabarito: Letra A
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QUESTÃO 2 - São credenciais da geneticista Mayana Zatz que a identificam como autoridade em sua área de conhecimento, EXCETO:
A) Ela defendeu, diante STF, uso de embriões humanos em pesquisas com células-tronco.
B) Ela é coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano, na Universidade de São Paulo.
C) Ela elegeu temas atuais relacionados à biotecnologia por meio de uma escrita apaixonada.
D) Ela é uma das pioneiras no Brasil a usar técnicas de biologia molecular no estudo de genes humanos.
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COMENTÁRIO
A resposta desta questão encontra-se no SEGUNDO PARÁGRAFO do texto. [marcado de laranja]. A única alternativa que não é descrita nesse parágrafo é a alternativa "C". Apesar de o que é afirmado na alternativa "C" ser correto, não é isso que identifica a geneticista como autoridade em sua área de conhecimento.

Gabarito: Letra C
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QUESTÃO 3 - Leia este fragmento extraído do texto:

“A geneticista também esteve à frente do debate no Supremo Tribunal Federal em defesa do uso de embriões humanos em pesquisas com células-tronco.”

Considerando-se a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa em que o emprego da crase é orientado pelo mesmo motivo que se aplica no trecho em destaque.

A) Por meio de uma escrita apaixonada, a pesquisadora elege temas atuais relacionados à biotecnologia e expõe conflituosos casos que vivenciou ao longo de sua trajetória.
B) Ao oferecer à população serviços de detecção de doenças com base genética no CEGH, a pesquisadora se defronta diariamente com dilemas que não têm uma resposta simples e correta.
C) O caso também serve de alerta para a questão da gravidez múltipla, comum na reprodução assistida devido à implantação de muitos pré-embriões no útero da mulher.
D) Se à primeira vista a notícia soa como um avanço, a pesquisadora alerta para o excesso de confiança depositado no material genético como única forma de determinar as características futuras do indivíduo.
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COMENTÁRIO

Questão relacionada ao uso do sinal indicativo de crase. A crase deve ser utilizada quando há a junção do artigo "a" com a preposição "a". Por isso, Ela ocorre somente antes de palavras femininas - não existe artigo "a" antes de palavras masculinas. 

Sabendo disso, é preciso identificar a regra que justifica o uso da crase no fragmento extraído do texto. Para isso, observe a análise sintática do trecho:

A geneticista também esteve à frente do [...];

A geneticista = sujeito da oração. [a = artigo, geneticista = substantivo (núcleo do sujeito)];
Também = adjunto adverbial;
Esteve = verbo intransitivo (núcleo do predicado verbal);
à frente do [...] = adjunto adverbial que modifica o verbo intransitivo esteve.

A análise sintática deve ser feita, pois a crase, nesse trecho, é OBRIGATÓRIA em EXPRESSÕES ADVERBIAIS. 

Repare que a única alternativa que possui um exemplo similar é a alternativa "D": "à primeira vista" é adjunto adverbial. A crase é obrigatória nesses adjuntos adverbais, porque a falta delas acarretaria ambiguidade. 

Todas os outros usos de crase não estão relacionados com o adjunto adverbial.

Gabarito: letra D
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QUESTÃO 4 - Leia este fragmento do texto:

De linguagem acessível e envolvente, o livro é permeado por referências a filmes, livros de divulgação científica, notícias de grande destaque e artigos científicos.

Considerando as classes de palavras prescritas pelas gramáticas tradicionais da Língua Portuguesa, classificam-se como substantivos:
A) acessívelenvolvente.
B) científicapermeado.
C) grandecientíficos.
D) linguagem – referências.
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COMENTÁRIO

Questão aparentemente simples, porém complicada de se resolver. É preciso saber o que é um substantivo. Substantivo é a classe de palavras variável que nomeia os seres. Por serem, pode-se entender lugares, seres animados animados/inanimados, seres reais/imaginários, ações e sentimentos.

Além disso, substantivo é a classe que vem acompanhada por DETERMINANTES (classificação que torna a análise da questão mais fácil). DETERMINANTES são as classes que acompanham o substantivo para determiná-lo mais precisamente. Quatro classe de palavras podem funcionar como DETERMINANTES:
  • artigo
  • adjetivo
  • pronome
  • numeral
Perceba que acessível e envolvente determina Linguagem. (logo, linguagem é substantivo). 
Científica determina a divulgação (é qualquer divulgação? Somente a científica). 
Permeado é predicativo do sujeito, ou seja, uma qualidade de Livro. (logo um adjetivo).
Grande determina notícias.

Não seria preciso analisar todas as alternativas, haja vista que, pela alternativa "a", chega-se à conclusão de que linguagem é substantivo e linguagem aparece somente na alternativa "d". 

Gabarito: Letra D
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QUESTÃO 5 - Leia este trecho do texto:

Escolhas ainda inviáveis tecnicamente, mas que já suscitam profundas reflexões éticas, fazem parte dos tópicos levantados pela geneticista Mayana Zatz.

Assinale a alternativa em que o trecho acima foi reescrito, mantendo-se o sentido original.

A) A geneticista Mayana Zatz levantou parte de questões éticas acerca das escolhas que podem não ser viáveis tecnicamente por já levantarem reflexões.

B) Ainda que a geneticista Mayana Zatz aponte reflexões tecnicamente inviáveis, levantou tópicos profundos que já suscitam escolhas a serem realizadas.

C) Embora não sejam tecnicamente viáveis, escolhas já suscitam reflexões éticas profundas que integram os assuntos suscitados pela geneticista Mayana Zatz.

D) Escolhas que não são tecnicamente viáveis não provocam reflexões, segundo a geneticista Mayana Zatz por não integrarem os assuntos por ela já levantados.
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COMENTÁRIO:

Trata-se de uma questão de reescrita. Questões de reescrita requerem atenção máxima, pois qualquer desvio de atenção pode acarretar em erro.

O Gabarito é a Letra "C". 

Por eliminação, pode-se ficar em dúvida entre a alternativa "A" e a alternativa "C". 

A letra "D" é completamente errada. As escolhas provocam sim reflexões.
A Letra "A" é errada pela relações de causa e consequência. Segundo essa alternativa, as escolas podem não ser viáveis tecnicamente PORQUE JÁ LEVANTAM REFLEXÕES. O erro está em dizer que não são viável pelo fato de levantar reflexões.
A Letra "B" é errada pois não são as reflexões que são tecnicamente inviáveis, mas as as escolhas.
A Letra "C" está correta, pois afirma que as escolhas não são tecnicamente viáveis, porém já suscitam reflexões éticas - exatamente a ideia que está sendo transmitida no trecho original.
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LITERATURA BRASILEIRA

INSTRUÇÃO: As questões de 6 a 10 referem-se a noções de Teoria da Literatura: Gêneros Literários; Estilos de Época (do Barroco ao Modernismo - Brasil): Contexto Histórico, características e principais autores.

QUESTÃO 6 - Gênero literário é a categoria à qual pertence uma obra com base em suas características predominantes, que possibilitam o agrupamento por semelhanças.
Em relação aos gêneros literários, assinale a alternativa CORRETA.
A) A mistura de gêneros literários é incomum e infrequente em textos contemporâneos.
B) Gênero dramático caracteriza-se por textos escritos com vistas a serem encenados.
C) Gênero épico caracteriza-se pela manifestação de emoções do eu-interior do poeta.
D) Gênero lírico caracteriza-se pela narração (em versos) de grandes feitos históricos.
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COMENTÁRIO:

LETRA A: ERRADA. A mistura de gêneros literários, diferente de antigamente, é muito comum sim na literatura moderna. É difícil encontrar textos que possuem apenas um gênero literário. A classificação dos textos hoje, deve levar em conta gênero que mais aparece no texto, porque, dificilmente, ele será o único.
LETRA B: CORRETA.
LETRA C: ERRADA. O gênero lírico é que se caracteriza pela manifestação de emoções do eu interior do poeta.
LETRA D: ERRADA. O gênero épico é que se caracteriza pela narração (em versos) de grandes feitos históricos.
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QUESTÃO 7 - Literatura é uma das formas artísticas de representação da realidade e do imaginário. Para Ezra Pound (em Abc da literatura. São Paulo: Cultrix, s.d. p.32), “Literatura é linguagem carregada de significado. Grande literatura é simplesmente a linguagem carregada de significado até o máximo possível”.
Considerando os recursos semânticos utilizados pelos escritores para dar forma artística à linguagem, assinale a alternativa INCORRETA.
A) Antítese consiste em contrapor palavras ou frases de significado contrário, exigindo o emprego de antônimos.
B) Ironia consiste em exprimir o contrário do que se diz ou se pensa; o sentido real pode ser deduzido do contexto.
C) Metáfora é a comparação explícita de dois seres de natureza diferente com o propósito de ressaltar um deles.
D) Paradoxo é a figura em que se relacionam duas ideias ou conceitos que parecem opostos ou contraditórios.
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COMENTÁRIO:

LETRA A: CORRETA
LETRA B: CORRETA
LETRA C: ERRADA. A metáfora não possui o propósito de ressaltar. 
LETRA D: CORRETA.
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QUESTÃO 8 - Estilo de época remete ao conjunto de características comuns a vários escritores quanto ao modo de utilizar a língua, a explorar temas e a refletir uma visão de mundo em determinados períodos da história.
Considerando os estilos de época (do Barroco ao Modernismo no Brasil), é INCORRETO afirmar que
A) o artista barroco deseja conciliar céu e terra, por isso recorre a temas opostos que se misturam, ressaltando o bizarro, lembrando que a morte é comum a todas as aspirações humanas.
B) o autor simbolista quer cantar, evocar suas emoções e trazê-las de uma forma mais palpável para o texto, para que possam ser sentidas em sua plenitude. Por isso, o uso da sinestesia é amplo.
C) o escritor realista-naturalista destaca-se por combater ferozmente os valores sociais. A ambientação dos seus romances se dá, preferencialmente, em locais miseráveis, localizados com precisão.
D) o poeta romântico utiliza o soneto em que a vida é cantada em toda sua glória, sobressaindo-se a alegria, a sensualidade, o conhecimento do mal. A imaginação é dominada pela realidade objetiva.

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COMENTÁRIO:

Pelo fato de tratar de várias escolas literárias, a questão é aparentemente difícil. Porém, é mais simples do que parece. O único conhecimento necessário para resolver essa questão é acerca do ROMANTISMO. Ao contrário do que é afirmado na alternativa "D", o romantismo não possui uma realidade objetiva. Pelo contrário, o Romantismo é banhado pela IMAGINAÇÃO.

Todas as outras alternativas estão corretas.

Gabarito: Letra D
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QUESTÃO 9 - A literatura brasileira apresenta dois grandes períodos, o colonial e o nacional, divididos pela Proclamação da Independência do Brasil em 1822.
Assinale a alternativa em que se apresenta o autor de destaque do movimento literário identificado entre parênteses.
A) Cláudio Manuel da Costa (Romantismo – período nacional).
B) Euclides da Cunha (Simbolismo – período nacional).
C) Machado de Assis (Realismo – período nacional).
D) Pero Vaz de Caminha (Barroco – período colonial).
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COMENTÁRIO:

Novamente uma questão aparentemente difícil. Porém, bastava saber um pouco sobre Machado de Assis para encontrar a resposta.

LETRA A: ERRADA. Cláudo Manuel da Costa foi um escritor BARROCO;
LETRA B: ERRADA: Euclides da Cunha foi um escritor MODERNISTA;
LETRA C: CORRETA;
LETRA D: ERRADA: Pero Vaz de Caminha escrever a Carta da Caminha da LITERATURA DE INFORMAÇÃO OU CATEQUESE.
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QUESTÃO 10 - Em relação à autoria das obras literárias brasileiras do século XX, assinale a alternativa CORRETA.
A) O quinze (1930) foi o primeiro livro de Raquel de Queiroz. A grande seca ocorrida em 1915 e a fome que a acompanha fazem parte do pano de fundo do romance que se tornou um dos grandes representantes da chamada literatura regionalista.
B) A hora da estrela (1977) foi escrito por Cecília Meireles e publicado no ano da morte da autora. É um romance que apresenta três histórias superpostas dialogando por toda a narrativa. O romance já surpreende por apresentar 13 títulos possíveis.
C) A trilogia épica O tempo e o vento apresenta a saga das famílias de Terra-Cambará na formação do Rio Grande do Sul. A obra, escrita por Rubem Braga, foi dividida em três partes, publicadas em 1949, 1951 e 1962.
D) O livro A morte e a morte de Quincas Berro d´água, de Vinícius de Morais, destaca-se por sua leveza, criatividade e humor. Escrita em menos de uma semana, foi publicada em 1959 e teve sucesso imediato
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COMENTÁRIO:

Questão mais difícil da prova. Há uma pegadinha com a obra mais famosa dentre as apresentadas.

LETRA A: CORRETA. 
LETRA B: ERRADA. A hora da estrela não foi escrita por Cecília Meireles, mas por CLARISSE LISPECTOR. É comum a confusão entre as duas autoras.
LETRA C: ERRADA: O autor da obra é Érico Veríssimo.
LETRA D: ERRADA: O autor da obra é Jorge Amado.